Vermelho “O projétil que ceifou sua vida foi covardemente desferido pela Polícia Militar”, manifestou a União de Negros e Negras Pela Igualdade (UNEGRO).
Laura Capriglione e Douglas Alves Mendes, Jornalistas Livres Três crianças foram atacadas com injúrias racistas em um restaurante na praça da Liberdade, o Bentô House, logo depois de terem almoçado no local em companhia dos pais de um deles, ambos negros.
Mariana Pitasse, Brasil de Fato Encarceramento, morte e tortura da população negra são um padrão que acompanha a história do Brasil. Inúmeras experiências trataram, ao longo do tempo, a população negra como alvos de prisão, da tortura e da morte.
Esquerda Diário A pedido do Asilo Padre Cacique o território foi invadido por policiais mascarados da Brigada Militar, para retirar moradores do local onde moram há mais de 50 anos. A ação foi suspensa devido a irregularidade do processo.
Terra de Direitos O caseiro do empresário Silvio Tadeu dos Santos assassinou com uma chave de fenda o quilombola Haroldo Betcel, morador do Quilombo Tiningu, no município de Santarém (PA).
Mário Manzi, CPT As comunidades quilombolas Levantado e Extrema denunciaram que o veio do riacho do Fogo secou decorrente a bloqueio ilegal realizado em uma propriedade atendida pelo curso d’água.
Fausto Salvadori, Ponte Com golpes de cassetete na cabeça, seguranças agrediram dois irmãos nigerianos e uma mulher camaronesa; ‘vocês não são brasileiros’, teriam dito, segundo as vítimas.
Cristiane Sampaio, Brasil de Fato O número de assassinatos de quilombolas no Brasil saltou de 4 para 18 em um ano, de 2016 a 2017. O dado é um dos destaques do relatório intitulado “Racismo e violência contra quilombos no Brasil”, divulgado oficialmente em Brasília (DF).
Lark Lapato, Vozes de Trabalhadores Na escola Sabidinho de Sumaré, São Paulo, menina não pôde tirar a foto junto com os demais colegas porque tem o cabelo crespo. O corpo docente orientou que a criança viesse com o cabelo totalmente preso ou solto. No entanto, o “solto” para eles seria “liso”?
Felipe Mascari, Rede Brasil Atual Marcharam pelo centro de São Paulo contra as prisões de Bárbara Querino, Marcelo Dias e Igor Barcelos.
Migalhas A advogada foi algemada e retirada de audiência enquanto exercia a profissão no 3º Juizado Especial Cível de Duque de Caxias.
CPT O Tribunal do Júri condenou a 18 anos de prisão Josué Sodré Saboia pelo assassinato, em 30 de outubro de 2010, do líder quilombola como consequência de sua luta pelo direito à terra da comunidade quilombola do Charco.
Joana Zanotto, Jornalistas Livres Atraso em laudo antropológico ameaça sobrevivência dos remanescentes do Quilombo Vidal Martins, que chegaram a ser registrados como ""brancos" e com sobrenomes diferentes para negar o seu direito à terra.
Sabrina Felipe, The Intercept Em 2012, a Justiça Federal obrigou a empresa a realizar uma série de ações de mitigação e compensação nos territórios de Santa Rosa dos Pretos e Monge Belo. Seis anos após a decisão, a Vale ainda não cumpriu todo o acordo, mas tenta convertir suas vítimas em réus. Segundo Caroline Rios Santos, da rede Justiça nos Trilhos, advogada dos quilombolas, mover ações de reintegração de posse com provas inconsistentes é uma prática comum da mineradora.
CPT A Comunidade Quilombola do Forte Príncipe da Beira acolheu com entusiasmo a decisão do Juiz Federal Marcelo Elias Vieira, da 2ª Vara Federal de Ji-Paraná/RO, que ordenou ao Exército Brasileiro que permita o acesso do INCRA para realizar o estudo antropológico (RTID) previsto na demarcação dos territórios quilombolas.
Juliana Gonçalves, Brasil de Fato A escola municipal Áurea Pires da Gama, dentro do quilombo, de Santa Rita do Bracuí, em Angra dos Reis, foi violentamente depredada. Segundo Marilda Souza, coordenadora da Associação de Remanescentes do Quilombo, os ataques começaram em 2015 quando a escola se autodeclarou quilombola.
Eliana Alves Cruz, The Intercept Em pleno 2018, o esporte ainda funciona como álcool na ferida aberta e gasolina na fogueira altíssima das tensões raciais que nunca foram admitidas.
Arthur Stabile, Ponte Em dez anos, taxa de homicídios de negros cresceu 23,1%; no mesmo período, a taxa entre os não negros teve uma redução de 6,8%, aponta Atlas da Violência.
CPT Um juiz federal de Ji-Paraná (RO) realizou uma inspeção no Distrito do Forte Príncipe da Beira, aos remanescentes de quilombo de Costa Marques, na divisa entre o Brasil e a Bolívia. A comunidade quilombola está em conflito com o Exército Brasileiro, pela superposição da área tradicional com o 7º Batalhão de Fronteira.
Pedro Lovisi e Pedro Spinelli, Jornalistas Livres Andar nas ruas de Belo Horizonte já pode ser inseguro e preocupante, mas se você é negro e pobre, as chances de alguma tragédia acontecer são três vezes maior, afinal, a cada quatro jovens mortos em BH, três são negros.
CPT A CPT Nacional e a CPT Bahia vêm a público reafirmar os dados divulgados pela Pastoral na última segunda-feira (16) e as avaliações acerca da impunidade que se mantém nos crimes contra os povos do campo. Os dados de assassinatos e julgamentos apresentados pela CPT, entre os anos de 1985 e 2017, revelam esse cenário de descaso do judiciário..
Catarina Barbosa, Amazônia Real Nazildo dos Santos Brito, ex-presidente da Associação de Moradores e Agricultores Remanescentes Quilombolas do Alto Acará, era ameaçado de morte por denunciar crimes ambientais na região.
Pedro Borges, Alma Preta Segundo dados do Atlas da Violência, 41.592 negros foram vítimas de homicídio no Brasil em 2015. Em oito anos, o país assassina um número de negros equivalente à população da Islândia.
Eduardo Ribeiro, VICE “A confusão começou porque um colega da classe, que é negro, foi contestar as ideias neonazistas de de Otávio Calvacanti, aí o cara se enfezou e esfaqueou ele no braço, e feriu outro que veio apartar.” A coordenação da Escola Estadual Professora Zuleika de Barros M. Ferreira, na Vila Pompeia, chamou a polícia, mas que, ao invés de ajudar, os policiais acabaram agredindo os três garotos.
Esquerda Diário O estudante universitário Ketinho Oliveira comprou uma passagem de ônibus na rodoviária de Santos com destino a Ribeirão Pires e foi agredido violentamente pelo vigilante da rodoviária, em mais um flagrante caso de racismo.
Blog Segunda Tela, Forum José Guilherme de Almeida, professor de Turismo e Geografia, estava em viagem para o Nordeste e postou que “odeia pretos e pardos”. O professor apagou o seu perfil no Facebook, mas como a internet é rápida, circula nas redes sociais o print da publicação.
Plínio Aguiar, Ponte e Andressa Isfer, Agência Record João Gilberto Lima foi chamado na Coordenação de Administração Pública, porque uma foto sua tinha sido usada "de forma indevida e preconceituosa". Um estudante, que por isso foi afrastado da Universidade por três meses, postou uma foto da vítima em um grupo de WhatsApp com a seguinte frase: "Achei esse escravo aqui no fumódromo! Quem for o dono avisa!".
Eduardo Schiavoni, UOL A Polícia Militar de Campinas (São Paulo) determinou, em uma Ordem de Serviço que seus integrantes abordassem jovens negros e pardos, com idade entre 18 e 25 anos, na região do bairro Taquara.
Forum A atleta estava dentro de um táxi quando uma viatura da PM mandou parar e a fez descer do carro; policiais só a liberaram depois que souberam que ela era a "aquela atleta da Olimpíada".
Maria Fernanda Garcia, Observatorio do Terceiro Setor Somente no primeiro semestre do ano passado, segundo dados fornecidos pelas secretarias estaduais de segurança pública, o país chegou a 28,2 mil homicídios dolosos, lesões corporais seguidas de morte e latrocínios (roubos seguidos de morte). As vítimas na maioria são homens, jovens e negros. A cada 23 minutos um jovem negro é assassinado no país.
Cristiana Cordeiro, Justificando Como explicar a situação de Jéssica Monteiro, de 24 anos, detida com 90 gramas de maconha, e de seu bebê recém-nascido, ambos presos numa pequena cela, senão pelo viés do racismo?.
Arthur Stabile, Ponte Jovem de 16 anos foi espancado por três seguranças e atingido por disparo de arma de pressão antes de pagar chocolate e salgadinho.
Giorgia Cavicchioli, Ponte Cantora de 13 anos foi com a mãe até a delegacia e registrou um boletim de ocorrência por injúria.
Maria Mello, Terra de Direitos O resultado final do julgamento da Ação Direita de Inconstitucionalidade (ADI) n° 3239 no Supremo Tribunal Federal, que trata do direito à terra e território das comunidades quilombolas, teve desfecho favorável às e aos quilombolas brasileiros. “A confirmação da constitucionalidade do decreto e o rechaço da tese do marco temporal é uma vitória imensa das comunidades”.
Jornalistas Livres DJ Aluisio Martins de Souza cruzou com o carro de uma PM na rua Jornalista Aloysio Biondi, O carro da PM Paloma Celeste Dadão Teixeira, que estava sendo conduzido pelo pai dela, deu uma freada abrupta. Da briga de trânsito banal, o caso quase se transformou em assassinato, quando a PM, que disse ter-se sentido ameaçada pelo DJ, disparou sua pistola Taurus calibre 40. Ao todo, foram 11 disparos da arma dela. Apesar desse histórico, o indiciado por “tentativa de homicídio qualificado” foi o DJ negro.
Ninja Uma tem sido vítima ataques racistas há três meses. O muro de casa, na rua Uberaba, traz várias pichações de injúria racial. Os racistas escreveram primeiro “Negros Imundos”, depois, “Voltem para a África”. A última pichação diz “Senzala”, “Escravos à venda”.
Sabrina Felipe, Vias de Fato Cerca de 4200 pessoas vivem no território quilombola de Santa Rosa dos Pretos, no município de Itapecuru-Mirim, a 86 km da capital maranhense. Dessas, quase metade corre o risco de ter suas casas demolidas por conta da duplicação da BR 135, que rasga o território pelo meio.
Esquerda Diário A prefeitura do Rio interrompeu seu patrocínio de um dos mais importantes patrimônios imateriais da cidade, o Jongo da Serrinha, como parte da política de perseguição sobre as manifestações culturais e artísticas de origem africana.
Norma Odara, Brasil de Fato "O Que é Encarceramento em Massa" é o nome do livro da série Feminismos Plurais, que discute a fusão entre aprisionamento, seletividade penal e racial no Brasil e feminismo negro. A obra da pesquisadora em Antropologia na Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo, Juliana Borges, tem como base as teorias de inteletuais negras como Sueli Carneiro e a estadunidense Angela Davis.
Anistia Internacional Após 3 anos de seu lançamento, a campanha Jovem Negro Vivo entregou para o Ministério da Justiça, a Presidência do Senado, Presidência da Câmara e na Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, mais de 60 mil assinaturas do manifesto da campanha em uma ação realizada em frente ao Ministério da Justiça em Brasília. O manifesto pede um plano nacional de redução de homicídios.
Rodolfo Almeida e Gabriel Zanlorenssi, Nexo Dados da Pnad demonstram a disparidade entre o rendimento do trabalho e as taxas de desocupação entre brancos, pardos e negros.
Rede Brasil Atual As diversas entidades do movimento negro decidiram enfrentar a medida – correndo risco de arcar com multa de R$ 5.800. O carro de som mantém a programação, percorrendo a avenida e tomando marcha em direção ao Teatro Municipal, no coração da cidade.
Maria FrôForum “Eu tava andando na rua, próximo do Terminal Parque Dom Pedro II quando fui abordado por dois homens, que pediram meu celular e meu dinheiro. Eu reagi e saí correndo pra tentar me abrigar no próprio Terminal. Porem, os seguranças acreditaram nos asaltantes e sem pensar duas vezes e aí começaram a me segurar com força e violência.”
Koinonia O ano de 2017 tem sido delicado para causa quilombola. Ameaçados em seus direitos territoriais por uma ação que os processos de demarcação e titulação das áreas que já ocupam, eles têm ainda que enfrentar a violência. Este ano foram pelo menos 14 as vítimas fatais, 70% na Bahia.
Mariana Botão, O Imparcial Durante evento na capital carioca, estudantes maranhenses sofreram com discurso racista e xenofóbico. A palavra “sujos” foi escrita nos ônibus da Instituição.
Daniela Fichino , Justiça Global Dias Toffoli apresentou seu voto durante aproximadamente duas horas, discorrendo em detalhes sobre os pontos em disputa. O voto do ministro, entretanto, reconheceu a tese do chamado “marco temporal”, segundo a qual as terras passíveis de titulação deveriam estar ocupadas pelas comunidades quilombolas na data da promulgação da Constituição, 5 de outubro de 1988.
Forum Quase seis horas depois, com uma nota sem destaque algum em seu site e ainda tecendo elogios ao jornalista, a emissora informou que o suspendeu “até que a situação seja esclarecida”.
AATR Foi convocado pelo comando da Marinha um grande contingente de soldados armados, que reforçaram o clima de tensão e ameaças às/aos quilombolas. E, mesmo após sua partida, o impasse persistiu com as famílias de oficiais da Vila naval impedindo o retorno das famílias quilombolas às suas residências, verbalizando discursos de ódio e atirando pedras e ovos sobre as/os quilombolas e assessoras jurídicas.
Winnie Bueno, Justificando Esta é mais uma coluna sobre silenciamento, racismo, cárcere, seletividade do sistema penal, interseccionalidade e a morte da população. Uma coluna que fala sobre os efeitos perversos da estrutura racial mas que também é um pedido de socorro. Um pedido para que ao menos uma vez a empatia e a solidariedade estejam a serviço das mulheres negras..
Gardenia Mota Ayres e Davi Pereira Junior, Justiça Global Na arena da disputa política a ADI 3239/04 é mais um instrumento orquestrado pela bancada ruralista / conservadora e seus apoiadores contra os direitos territoriais das comunidades quilombolas. A contestação da constitucionalidade do Decreto 4.887/2003 impetrada pelo já extinto Partido da Frente Liberal (PFL), atual Democratas (DEM), escancara a solidez do projeto racista da elite aristocrática.
Kaique Dalapola, Ponte A prisão injusta do vendedor ambulante Wilson Alberto Rosa, o Chandelly, foi lembrada na música Guetto Cypher, dos rappers Bethoven, Conspira BDC, Aliado Treze, Romão Akin e Edu Akupulla. “Até trampando o racismo vem nos caçar / salve, Chandelly, sua liberdade vai cantar / seu crime foi ser preto, ser pobre, do gueto / país eurocêntrico, aqui não tem mais jeito”, diz o trecho da música.
Pedro Prado, The Intercept A Guarda atacou no Méier, Zona Norte do Rio, em um ponto entre as ruas Dias da Cruz e Silva Rabelo, onde se concentram dezenas de camelôs, a maioria ilegais. O estranho é que a única barraca apreendida foi uma de esfirras que tinha autorização para estar ali, a que pertence a Toyba Hussein, refugiada vinda da Etiópia.
Airton Marques, RD News A juíza Rogéria Maria Castro Debelli, do Tribunal Regional Federal da Primeira Região, anulou a decisão despejou 17 famílias da comunidade do Pequizeiro, no quilombo Mata Cavalo, localizado no município de Nossa Senhora do Livramento (MT), a 56 km da Cuiabá. A área onde está situada a comunidade quilombola é alvo de uma disputa judicial que remonta 133 anos e perdura até hoje. Os lados opostos são os fazendeiros e descendentes de escravos que ocupam a terra desde o início da colonização em Mato Grosso e vivem na região até os dias atuais.
Preta Rara, Midia Ninja Como construir a identidade étnica dessa criança, que já não se vê nas grandes mídias e tem sua história apagada na escola?
Leonardo Coelho, Ponte O desabafo de Iyalorisá Vivian de Bara tem voz, mas não tem eco. Voz porque a mãe de santo se posicionou de forma clara frente a mais um caso de intolerância religiosa no Estado do Rio de Janeiro. Seu terreiro, o Ilê Asé Afefé T. Oju Lonan, foi depredado no município de Seropédica, no Rio de Janeiro. Diretor da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa critica falta de atuação do Estado: “Vamos esperar que matem um sacerdote?”
IHU O número de quilombolas assassinados no Brasil em 2017 chegou a 14, de acordo com levantamento da Coordenação Nacional de Articulação das Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq). Mais de 70% dos casos ocorreram na Bahia.
Forum Deputado federal fez declarações preconceituosas contra os quilombolas, afirmando que eles “não servem nem para procriar”. Terá de pagar R$ 50 mil por danos morais.
Gabriel Valery, Rede Brasil Atual Trabalhadores do Metrô de São Paulo realizaram um ato pela reintegração imediata de Valter Rocha ao quadro de funcionários da empresa, além de rechaçar o plano privatista de Alckmin.
Forum Na opinião do economista francês, Thomas Pikertty, a concentração de renda nas mãos dos mais ricos no Brasil vem se mantendo intacta devido à própria história do país. “O Brasil foi o último a abolir a escravidão no século 19”. Segundo ele, o Brasil não voltará a crescer de forma sustentável enquanto não reduzir sua desigualdade e a extrema concentração da renda no topo da pirâmide social.
Júlia Dolce, Brasil de Fato O movimento e cursinho popular Educafro está tentando instalar medidas de reparação pelas fraudes ocorridas em relação à política de cotas raciais. O assunto voltou a ganhar atenção pública o jornal Folha de São Paulo divulgou diversos casos de estudantes brancos que se autodeclararam negros e tornaram-se cotistas.
Forum O advogado negro Marco Antônio André, de Blumenau Santa Catarina, se deparou com uma ameaça de fascistas em um cartaz colado em um poste em frente sua residência: “Negro, comunista, antifa e macumbeiro, estamos de olho em você”, diz o cartaz, que tem ainda uma imagem representativa do movimento racista KKK (Ku Klux Klan), dos Estados Unidos. leia mais assista ao vídeo de AB News
Marcelo Santos, Rede Brasil Atual Stete depredações e ataques a terreiros no mês, apenas na Baixada Fluminense, desencadeiam ações contra intolerância religiosa. Em Copacabana, 50 mil pessoas participam da 10º Caminhada em Defesa da Liberdade Religiosa. Também em São Paulo se realizaram marchas.
Simões Filho Online O líder Quilombola Flavio Gabriel Pacifico dos Santos, 36 anos, conhecido por todos como “Binho do Quilombo”, foi morto com pelo menos 10 tiros na cidade de Simões Filho, na região metropolitana de Salvador.
Winnie Bueno e Marcela Lisboa, Justificando As expressões religiosas das tradições de matriz africana são atravessadas por um histórico de supressões de direitos, limitações e criminalizações que se inserem desde o período colonial até o auge daquilo que conhecemos por estado democrático de direito.
Maria Teresa Cruz, Ponte Ao longo de 15 anos, Valter ouviu que seu cabelo era "anti-higiênico" e que "não tinha genes" para operar equipamentos. Foi demitido após reagir contra ofensa racista de um passageiro.
Joice Berh, Justificando Os recentes vídeos propagados nas redes sociais, onde traficantes violentam casas de culto religioso africano (ou de dissidência africana), que trouxe para os 15 minutos de debates rasos e indignações passageiras, um sofrimento que, além de histórico é seguramente uma ramificação da expressão do racismo arraigado nas estruturas e instituições.
Maria Teresa Cruz, Ponte Testemunha que gravou vídeo afirma que, em mais de uma oportunidade, pediu aos policiais que soltassem a jovem Karen dos Santos, e acionassem o atendimento médico.
Coletivo Negro Patrice Lumumba, Brasil de Fato Há aproximadamente uma semana, fomos surpreendidos com a notícia veiculada pela mídia de mudança da Faculdade de Direito da UERJ para um prédio cedido pelo Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ). Embora a esmagadora maioria dos corpos docente, discente e de servidores da faculdade não ter sido sequer informada sobre a proposta, as tratativas por parte de um pequeno grupo de docentes e a presidência do TJRJ já estavam avançadas e a transferência.
Luiza Sansão, Ponte Com tosse que persiste há quase um ano, internado há cinco dias sob suspeita de ter contraído tuberculose, ex-catador de latas, negro, agora prisioneiro teve diagnóstico confirmado e está sendo medicado.
Samuel Lourenço Filho, Justificando Desde a morte de um inspetor da Polícia Civil numa operação policial em uma das favelas do Rio de Janeiro, um verdadeiro caos se instalou. A favela do Jacarezinho tem sido alvos de constantes operações que nas entrelinhas é vista como ações vingativas e verdadeiro massacre em cada ocorrência, e estão moradores sendo mortos nos confrontos que duram mais de 7 dias .
Henrique Oliveira, Justificando A história do povo negro no Brasil desde que fomos trazidos da África é atravessada pela relação com as drogas, seja como moeda de troca no tráfico atlântico, ou na contemporaneidade, onde pessoas negras são mortas e presas em massa pela política criminal de drogas, que ainda nos mantém acorrentados.
Joice Berth, Justificando O Brasil é um país de exaltação escancarada da brancura. Não queremos conhecer a cultura que deriva da presença dos povos africanos no nosso país e quando o fazemos, somos cínicos em usurpar, distorcer e excluir o componente cultural africano que é formador dessa cultura.
Justificando Por 2 votos a 1, o Tribunal de Justiça do Rio do Janeiro (TJRJ) manteve a prisão de Rafael Braga, com base única nas palavras do policial que efetuou a prisão e cujo depoimento foi posto em dúvida por testemunha ocular e pelo próprio acusado. Rafael se tornou símbolo da discussão acerca do racismo no Poder Judiciário.ça.
Mário Bittencourt, Correio As vítimas moravam em duas casas vizinhas e foram mortas dentro dos imóveis - quatro em uma casa e dois em outra - por homens que estavam em um veículo preto não identificado. Em menos de um mês, oito trabalhadores rurais quilombolas são mortos na Bahia.
Lilian C.B. Gomes e Cesar Augusto Baldi, Justificando Os quilombolas, por exemplo, passam por um momento de grande tensão e ameaça de perda de garantias, pela Ação Direta de Inconstitucionalidade 3239/2004, que questiona o direito de propriedade das comunidades quilombolas e pode paralisar o andamento dos processos para titulação de terras no Incra, além de ameaçar os quilombos já titulados.
Sérgio Silva, Ponte Véspera do julgamento do habeas corpus impetrado pela defesa de Rafael Braga, o Movimento Negro de São Paulo, organizado através da Frente Alternativa Preta, realizou um ato na região central da capital paulista pela liberdade do ex-catador de latas. Durante ato, os ativistas marcharam até Cracolândia e pediram fim da violência de Estado na região.
Midiã Noelle, Jornalistas Livres O “sistema carcerário industrial” alimenta os presídios de corpos negros em uma escala global. A lógica do punitivismo do encarceramento tem “mantido ligações muito óbvias com o sistema de escravização”.
Henrique Oliveira, Justificando Breno Fernando Solon Borges, que é dono de uma metalúrgica e serralheria em Campo Grande no Mato Grosso do Sul, é filho da presidente do Tribunal Regional Eleitoral do Mato Grosso do Sul, preso carregando junto com outras pessoas em dois carros, 129 quilos de Maconha, uma pistola nove milímetros e 199 munições de fuzil calibre 7,62, conseguiu liberdade para que cumprir tratamento psiquiátrico. Enquanto isso, Rafael Braga, um jovem negro e pobre, catador de material reciclável, foi condenado há 11 anos de prisão.
Maria Teresa Cruz, Ponte Organizada pelo coletivo autônomo Marcha das Mulheres Negras de São Paulo, a “Marcha de Mulheres Negras e Indígenas por nós, por todas nós, pelo bem viver” começou na praça Roosevelt e continuou até o Largo do Paissandu
Tory Oliveira, Carta Capital Após pressão dos movimentos negros, de protestos e de ser acusada de ser um “arraial da branquitude”, com centro na obra de Lima Barreto, a 15ª edição da Festa Literária de Paraty tem 46 autores, entre eles, 24 mulheres, inclui 30% de autores negros em sua programação.
Daniela Fichino, Justiça Global Trata-se do embate jurídico de maior importância para os direitos quilombolas desde a promulgação da Constituição de 1988, que reconheceu, no art. 68 do ADCT, o direito dessas comunidades aos seus territórios ancestrais. Uma grande mobilização está prevista para esta data em Brasília, reunindo comunidades quilombolas de todo o país.
Justificando O caso de repressão e intolerância religiosa sofrido por uma casa de candomblé localizada na região metropolitana de Belo Horizonte/MG, em que a Justiça estipulou um conjunto de regras para a realização dos cultos, levantou críticas de juristas. Para a Iyaloríxa Winnie Bueno, “o caso está relacionado com uma regulação que, aparentemente, é jurídica. Trata-se de uma tentativa de suprimir a liberdade religiosa e o livre direito ao culto”.
CPT Mais um crime envolvendo trabalhador rural quilombola aconteceu na Bahia. Dessa vez na região da Chapada Diamantina.
Breiller Pires, El País Visto por dirigentes como “pessoa perigosa”, goleiro revive o trauma dos ataques racistas.
MPA O líder camponês e quilombola, José Raimundo Mota de Souza Júnior foi assassinado a tiros no quilombo de Jiboia, interior do município de Antonio Gonçalves (BA), enquanto trabalhada no campo com um irmão e um sobrinho.
Paulo Ramos, Justificando Para quem debate a partir do campo da sociologia das relações raciais, podemos encontrar três exemplos em que nos deparamos com o mundo das leis. Um deles, da primeira metade do século XX, quando da criminalização do racismo; mais recentemente podemos citar a formulação das ações afirmativas; e outro exemplo bem atual, quando debatemos o Genocídio da Juventude Negra.
Juliana Gonçalves, The Intercept No início do século XX, a prática das religiões de matriz africana era considerada crime pelo código penal e diversos objetos ritualísticos seus foram apreendidos em batidas policiais. Mais de 100 anos depois, líderes religiosos e ativistas do movimento negro buscam a transferência desta parte da história para um local apropriado e de exaltação à cultura negra através da campanha “Liberte o Nosso Sagrado”.
Norma Odara, Brasil de Fato Uma das colegas da estudante de direito Alba Cristina da Silva Conceição, que cursava o segundo semestre, no Instituto Presbiteriano Mackenzie, no Rio de Janeiro (RJ), se referiu a ela como "macaca" e a suas filhas como "macacas pretas e faveladas que pus pra fora". Alba afirmou ao Brasil de Fato que foi até a universidade para falar com a coordenação, mas que eles trataram a situação de maneira “rasa e superficial”.
Pragmatismo Político A OAB/SP realizou um ato de desagravo em favor do advogado Flávio Cesar Damasco, que foi hostilizado e algemado por agentes de segurança da Justiça do Trabalho de SP quando tentava entrar no Tribunal para participar de uma reunião com a desembargadora responsável pelo processo de um cliente.
Marcos Aurélio Ruy, CTB O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) divulgou no dia 5 de junho o relatório Atlas da Violência 2017, feito em parceria com o Fórum Brasileiro de Segurança Pública. Os números são aterradores e confirmam o genocídio negro, principalmente da juventude e das mulheres. Os dados mostram que a cada 100 pessoas assassinadas no Brasil, 71 são negras.
Juliana Gonçalves e Thiago Dezan, The Intercept Passados 129 anos desde a abolição da escravatura, os quilombos continuam sendo locais necessários à resistência da população negra. A ancestralidade negra vira combustível para a luta atual contra o racismo e pelo direito à terra – ameaçado ainda mais pelo governo Michel Temer, que paralisou as demarcações das terras quilombolas. O reconhecimento das comunidades remanescentes de quilombos é uma forma de reparar os danos do período escravagista sentidos ainda hoje. O assassinato de Umbico, Quilombo do Charco CPT Movimento Quilombola do Maranhão (MOQUIBOM) e a Comissão Pastoral da Terra no Maranhão vêm a público se manifestar sobre o assassinato de Raimundo Silva, Umbico, no último dia 12 de abril, no Quilombo do Charco, em São Vicente Férrer, no Maranhão.
Patrik Camporez Mação e Luísa Torre, Pública No Sapê do Norte, uma região tomada por plantações de eucalipto no norte do Espírito Santo, 32 comunidades quilombolas vivem sob forte clima de tensão. Dezenas de descendentes de escravizados africanos foram parar na cadeia sob a acusação de formação de quadrilha ou furto de madeira. A maior parte das prisões ocorre em uma área administrada pela empresa Fibria, mas que é reivindicada pelas comunidades como seu território ancestral. |
|